Oi, criançada! Alguns de vocês me escreveram perguntando se haveria um resumão como fizemos bimestre passado, então vamos lá!
A história que estudamos, como já disse a vocês, tem uma sequência de acontecimentos e suas causas e consequências. Fizemos os resumos ao longo do bimestre e agora vamos juntar todas as informações. Prontos?
Então vamos desde as ameaças de Napoleão a Portugal. Ele desejava obter domínio político e econômico sobre a Europa. A Inglaterra já havia passado pela Revolução Industrial e ganhava dinheiro com a venda de produtos manufaturados. Portugal era "parceiro" da Inglaterra, vendia a eles matéria prima e comprava produtos já industrializados. Napoleão decretou que todos os países europeus deveriam cortar relações com a Inglaterra e não comprar mais seus produtos, era uma tentativa de enfraquecer o poder inglês. Portugal não quis acatar essa ordem e sofreu ameaça de Napoleão e também da Inglaterra: se não cortassem relações com a Inglaterra, Napoleão invadiria Portugal; se cortassem, a Inglaterra invadiria o Brasil!!
Dom João, então príncipe regente naquela época, "enrolou" Napoleão e aceitou a proposta da Inglaterra de escoltar a família real em sua "fuga" para o Brasil. Sabemos que isso custou beeem caro depois, rs, não foi um favorzinho...
Em 1808, a família real chega ao Brasil e a vida por aqui vira do avesso. Eles se instalam no Rio de Janeiro, então capital do Brasil, e trazem para a vida cotidiana certos hábitos que tinham na Europa (principalmente relacionados a entretenimento - bailes, teatros, etc).
Assim que chegou, D. João decretou a abertura dos portos brasileiros às nações amigas de Portugal, ou seja, permitiu que o Brasil fizesse comércio de forma direta com a Inglaterra e outros países. Isto também proporcionou muitas mudanças nos hábitos dos brasileiros que aqui viviam, pois o contato com novas culturas trouxe hábitos diferenciados também e trouxe desenvolvimento ao comércio.
Durante sua permanência no Brasil, ele também teve outras iniciativas que ajudaram a desenvolver nosso país: criação da Imprensa Régia, fundação da Academia Militar, construção do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, inauguração de uma Biblioteca Pública, fundação do Banco do Brasil e outras.
Entre 1808 e 1822, o Brasil passa pelo Período de Transição, que foi exatamente um período de muitas mudanças. Em 1815, D. João promoveu o Brasil a condição de "Reino Unido a Portugal e Algarves", e isto nos deixou mais "iguais" a Portugal, deixamos de ser considerados "colônia" neste momento.
Portugal passou a ter duas sedes administrativas, mas as ameaças de Napoleão chegaram ao fim em 1815. A população portuguesa começou a se movimentar para que o rei voltasse a sua metrópole. Em 1816, com a morte de sua mãe (D. Maria, a Louca), D. João assume o trono como D. João VI. Em 1820, ele não se decidia se ia ou se ficava, então deputados portugueses criaram uma nova constituição e exigiram por meio dela o retorno do rei. Como a popularidade dele aqui no Brasil já não estava lá essas coisas (ele cobrava impostos cada vez mais altos para continuar sustentando os luxos da família real e pagar o "gentil empréstimo" da Inglaterra que financiou sua mudança para o Brasil), ele não aguentou a pressão e voltou para Portugal em 1821 deixando no Brasil seu filho D. Pedro como príncipe regente.
Portugal tentou fazer com que o Brasil voltasse a ser colônia limitando o poder de D. Pedro no Brasil e exigindo que ele também voltasse ao reino português. Em 9 de janeiro de 1822, D. Pedro torna pública sua decisão de desobedecer Portugal e declara que fica no Brasil (Dia do Fico). Num abriga pelo poder, em 7 de setembro de 1822 D. Pedro declara a Independência do Brasil, tornando-o finalmente um país livre do domínio português.
Após a proclamação da Independência, o Brasil tornou-se uma monarquia e D. Pedro foi aclamado o primeiro imperador do Brasil com o título de D. Pedro I. Ele escreveu a primeira Constituição brasileira em 1824 e, por meio desta, se dava poderes absolutos, ou seja, era ele, por lei, quem mandava e desmandava e era responsável por todas as decisões. A população não gostou e ele foi perdendo sua popularidade.
Em 1831, D. Pedro I finalmente abdicou ao trono, ou seja, renunciou, desistiu, "pediu pra sair", rs. Ele deixou em seu lugar seu filho, Pedro de Alcântara, então com 5 anos de idade, para assumir o governo. Como ele só poderia assumir o poder quando atingisse a maioridade (18 anos), o país foi governados por Regentes, que eram pessoas de confiança de D. Pedro I e governariam enquanto seu filho recebia educação para ser o próximo imperador.
Durante o período de Regências, houve acúmulo de impostos e a política não atendia aos interesses das províncias. Isso gerou descontentamento da população mais uma vez, aconteceram rebeliões como a Sabinada e a Guerra dos Farrapos e a maioridade de Pedro de Alcântara foi antecipada para 15 anos, quando ele foi coroado D. Pedro II. Esperava-se, com isso, que os problemas do Brasil fossem finalmente resolvidos.
Durante o governo de D. Pedro II, o café ganhou força econômica no Brasil e tornou-se nosso principal produto de exportação. O plantio deu certo principalmente nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. O Brasil passou por modificações bastante importantes para o seu progresso nesse período: foram construídas as primeiras linhas de bonde, ferrovias e estradas de rodagem, houve a instalação da primeira usina hidrelétrica, estímulo ao desenvolvimento industrial e incentivo às artes e à cultura.
A mão de obra utilizada ainda era escrava, mas essa situação passou a sofrer modificações durante o Segundo Império. Em 1850 foi assinada a Lei Eusébio de Queirós, que proibia o tráfico negreiro. Desta forma, a mão de obra começou a se tornar escassa e os produtores, necessitando de mão de obra, começaram a custear a vinda de imigrantes (principalmente europeus) para trabalharem nas lavouras em troca de salário. Nesse tipo de acordo, o proprietário das terras pagava todas as despesas de viagem e acomodação dos empregados imigrantes e eles deveriam trabalhar para saldar suas dívidas.
Os imigrantes aceitavam vir ao Brasil acreditando que haveria para eles um bom emprego, bom salário, que a condição de vida poderia ser melhor. Quando chegavam, viam que não era bem assim, o trabalho era duro e as despesas eram altas, era um regime de "semi escravidão", porque o salário era baixo e eles se viam meio que "reféns" dos cafeicultores para quem deveriam pagar as despesas antes combinadas, mas muitos conseguiram, com muita luta, prosperar.
Os fazendeiros perceberam que a mão-de-obra imigrante gerava mais lucro, pois os trabalhadores recebiam salários e produziam mais que os escravos. Foram substituindo então a mão-de-obra cada vez mais por imigrantes assalariados. Como eles recebiam dinheiro, também poderiam comprar produtos, e isto colaborou com o desenvolvimento do comércio.
Cabe lembrar que nem todos os imigrantes europeus que vieram ao Brasil se dedicaram ao trabalho nas lavouras. Alguns se dedicaram às atividades comerciais, ao serviço e ao artesanato. Alguns imigrantes também conseguiram empregos nas indústrias que já começavam a se instalar em nosso país.
Obg professora !!!!! Eu só não entendo que ele abriu os portos e Reino Unido, Portugal e Algarves ? Não entendi nenhum dos dois
ResponderExcluirAmabyle
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ExcluirUoU! Resumao e Tanto O_O
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